quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Consumismo, o Ter, o Ser... - Consumo Responsável.

Todos os dias estamos sendo bombardeados com mensagens estimulando o consumo, seja na TV, na mídia impressa ou aqui na internet. Tudo é orquestrado de maneira que a mensagem seja sempre a mesma:  se você comprar o produto X ou se trocar de carro e/ou celular todos os anos você será mais feliz, mais interessante (para os outros), mais popular, mais aceito, mais..., mais..., mais. Será que devemos mesmo dar tanta atenção à estas mensagens? Somos mais felizes porque compramos um produto ou um serviço? Não, não estou fazendo apologia à abstinência total, apesar de achar muito legal aquelas pessoas que partem para o desafio de ficar um ano sem comprar roupa, por exemplo. Estou falando sobre pensarmos um pouco mais antes de cedermos ao impulso das compras - mais um vestido, mais um game, mais uma bolsa, mais um carro, etc... Afinal de contas, a aquisição de um produto serve para atender uma necessidade real ou para mascarar alguma necessidade mais profunda, algum problema mal resolvido? O pior de tudo é que às vezes nem percebemos quando compramos, só nos preocupamos em conseguir satisfazer aquela "necessidade" urgente de comprar alguma coisa para nos sentirmos melhor.
Charge de Benett sobre o consumo exagerado de produtos eletrônicos

Que tal respirarmos e contarmos até dez antes de fazermos a próxima compra? Pensarmos muito bem se é realmente necessário. Eu uso um truque - aparentemente bobo, mas que funciona muito bem quando bate aquela vontade de comprar alguma coisa, geralmente pela internet:  entro no site; escolho; incluo na cesta para comprar. E é só! Antes de pagar, paro, faço alguma outra coisa tipo visitar outro site com um assunto que me interesse, ou alguma outra coisa de que eu goste. Quando volto ao site da compra, normalmente a vontade já passou. Às vezes até esqueço de voltar! Quando isso acontece, tenho certeza de que realmente não estava precisando comprar aquele produto.
Isso foi mais um desabafo, mas acho que necessitamos descobrir  uma maneira de nos reprogramarmos para consumirmos de maneira mais consciente. Darmos a devida importância ao que realmente é importante. Ser feliz não é ter o carro mais potente, a casa maior, a viagem ao exterior todos os anos, mas sim descobrir o que se gosta de fazer, cercar-se das pessoas que te fazem bem (e fazer bem a elas também!), cultivar seu lado espiritual, ajudar o próximo e ser grato pelo que tem. TER não deve valer mais do que SER. É bom para o planeta, para o nosso bolso, para as nossas relações interpessoais. Enfim, só temos a ganhar.

Que tal praticar os 8 R´s do Consumo Consciente

1) Refletir - qualquer ato de consumo tem impacto no planeta;
2) Reduzir - evite desperdícios;
3) Reutilizar - use até o fim, descubra novas utilizações para um mesmo item;
4) Reciclar - separe os produtos que podem ser reciclados do seu lixo comum;
5) Respeitar - as pessoas, a natureza, a si mesmo;
6) Reparar - coisas e relacionamentos. Errou, peça desculpas. Desculpe;
7) Responsabilizar-se - por você, pelos seus atos, pelas pessoas, pela cidade;
8) Repassar - ajude a difundir as informações sobre consumo consciente.

2 comentários:

  1. É mais fácil ganhar dinheiro que segurá-lo.

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  2. Reuniram-se, certa vez, em Paris alguns médicos, antropólogos, sociólogos, filósofos, engenheiros, psicólogos, outros acadêmicos e algumas outras pessoas de pensamentos diversos e profissões diversas. Fez-se o que pôde para criar um grupo humano representativo. Tinha um detalhe instigante. Todos eram como que agnósticos. O trabalho era escrever algo no menor número de palavras possível sobre quem era realmente feliz neste mundo. Mas o trabalho foi inexoravelmente determinado como sem influências pessoais. Muitos vazaram fora. Gastaram-se anos. Um belo dia, todos ainda que muitos a contragosto, assinaram um documento atestando que as pessoas verdadeiramente felizes neste mundo são aquelas que a Igreja Católica chama de santos...:)

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